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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

EDITORIAL

Como resultado da crise económica e financeira que assola a Europa o tema do aprofundamento da cooperação no âmbito da defesa revela-se cada vez mais atual.
A racionalização de meios e de capacidades saltou para a ordem do dia, colocando, ao nível da decisão política, opções que procuram otimizar a utilização dos recursos disponíveis. Multiplicam-se soluções sobre o estabelecendo de parcerias em diversas áreas e formatos, num exercício que exige ponderação e responsabilidade, tendo sempre presente o que tem de ser preservado como “capacidade nacional de atuação autónoma”.
Os esforços conjugados, materializados nas iniciativas dos projetos de “Pooling & Sharing” e de “Smart Defence” no quadro da União Europeia e da OTAN, constituem a face visível de muitas destas opções, também já testadas e comprovadas por iniciativas semelhantes adotadas pelos países nórdicos, o BENELUX, a França e a Alemanha, ou mesmo a França e o Reino Unido.
Não sendo a dimensão geográfica um elemento indiferente nestes processos, Portugal e Espanha, países vizinhos, aliados nas mesmas organizações internacionais de segurança e defesa, que partilham muitas ameaças e riscos, mas também alguns interesses, podem, com vantagens para ambos os países, aprofundar a cooperação bilateral neste âmbito.
Como resposta a este desafio europeu o encontro dos Ministros da Defesa de Portugal e Espanha, José Pedro Aguiar-Branco e Pedro Morenés, no próximo dia 20 de novembro em Madrid, constitui uma oportunidade para expressar a determinação política em conjugar esforços e reafirmar uma parceria que se traduz também numa importante mais-valia para a segurança internacional no âmbito da União Europeia, da OTAN e da ‘Iniciativa 5+5 Defesa’.


                                                               Boas leituras!


                                                               Rui Clero
Diretor de Serviços de Relações Internacionais

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